sábado, 28 de agosto de 2010

Querida Escrita

Minha prosa
Meu poema
Meu verso
Meu sonho
Minha liberdade

És tu que me chamas
E pedes que te dê vida
E te deixe falar e gritar
Com as minhas palavras
Que, afinal, são só tuas.

Tu é que as vais chamar
E as trazes todas até mim
Em ideias, sentimentos e desejos
Para que eu as pense e escreva
E, assim, as possas dizer e libertar.

São tuas, as palavras e o que dizem.
Dou-tas, todas, tal como as segredaste
Para que as guardes, semeies e repartas
Entregando-as a quem por aqui passar.

Assim, hão-de germinar e fazer nascer
Novas ideias e outros sentires e desejos
Feitos prosa, poema ou simples verso
Mas sempre, sempre, sonho e liberdade!


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