O Brasil, essa terra tenra, leve, comparo-a a uma criança. O pessoal vive um dia de cada vez, um minuto de cada vez, como as crianças. Sexo com um ou vários de cada vez mas muitos no mesmo dia, é o pão nosso. Satisfação das necessidades fisiológicas, muita festa e dança. Há o que comer hoje, não sei se haverá amanhã, mas não importa. O que importa é que sou feliz.
Em Portugal, nesta terra velha que cheira a saudade e a queixume, banhada pelo mar e pela luz, vivem os adolescentes. Gostam de brincar aos adultos mas não têm senso de responsabilidade; não sabem o que andam a fazer. Arrastam-se pela maioria e é o salve-se quem puder. Sexo com um - ou vários de cada vez -mas muitos no mesmo dia é frequente, mas ninguém sabe ou finge que não sabe.
A aparência e a vaidade é o que mais importa mesmo que se esteja a morrer de fome.
Alemanha, terra velha e carregada, pesada, ainda a cheirar a morte, arrependimento e a vergonha . Facies triste, recto, perfeito, implacável. Apesar de tudo, já adultos, sabem onde se metem e as suas consequências. Sabem que estamos a morrer. São conscientes, já os haviam ensinado em pequenos. Liam Nietzsche no início da adolescência tal como o ‘O Tao da Física’, por exemplo. Quanto ao sexo, não sei bem. São para o individualista, não querem casar, as carreiras profissionais estão primeiro. Não sei se andam enrolados uns com os outros. Animais como somos, haverá de tudo.
Não se pode colocar tudo num mesmo saco mas eu tenho essa tendência. E sou eu quem está a escrever agora e a comparar essas três terras que senti. O Brasil foi apenas cerca de três semanas, a Alemanha, durante quase dois anos em visitas de poucas semanas, e Portugal, ando para aqui agarrada que não consigo nem quero, por enquanto, sair.
E o ideal? Huummm…… Ser criança mas consciente.
28 Janeiro de 2010
Maria Teresa
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